quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Escuta

Escuto você.
Surgem versos vindos,
que escorrem de minh´alma.
Trazem saudade de um lugar de lá,
tão perto daqui.

Não lembramos.
É Fardo esquecido.
Carregamos juntos, mesmo alienados.

Seja adormecidos em sonhos,
ou despidos da ausência.
Ecoam versos.
Do mesmo jeito, em desatino.

Fala sutil que ecoa.
Verso tímido que nem gota de garoa fina.
ou na galhofa de todo dia.

Lentamente escolhemos nos ouvir.
Lentamente nos escrevemos.
Sobre qualquer coisa.
Aqui e agora.

Ao final o melhor; ao longe e distante.
Certamente.

Nos escutando, nos escrevemos.
Versamos.

domingo, 2 de novembro de 2008

(sem título provisoriamente)

Caminhar em busca,
da busca e do caminhar.
Caminho.
Busca daquilo que não se viu,
no tempo que já passou o hoje e do ontem.

O tempo comum dos burocratas confunde, atrasa, arrasa.
O tempo do cinema, o tempo do leitor, o tempo da menina, do josé (...) estão certos;
são incertos.

Esvaziaram-se as paixões, e os copos dos boêmios,
não a memória destes.

A memória tem tempo e caminho exclusivos.
E carrega em si caledoscópios de uma busca do tempo perdido.

O caminho do ventre.
Entre (mentes) e sente.

Lembre.
Mente(s).
Busque.
Volte.
Pulse.
Proust.
Perca.
Peça.
Sentes.
Sonhe.
Sangre.