segunda-feira, 29 de outubro de 2007

?

Sobre arte de pulsar e de escrever que desconheço. Faço escultura torta, ainda titubeio.
Ainda encontro meio termo; equilíbrio. E por enquanto vou no torto caminho, nas palavras imprecisas, no pulsar, ainda, descompassado...

sábado, 27 de outubro de 2007

Quem é mais sentimental que eu, hein?

Só passei pra dizer que: sou sentimental... E tenho o tal do qüiproquó!

E quem sabe do meu dom de menina, sabe que ele não termina quando cresço a cada dia. A cada dia que passa é a menina de outro dia somada a cada um dos meus dias, continuo uma sentimental errante. Mudada estou, sempre.

E minha mudança reside em uma ruazinha de nome: Travessa Estreita Sentimental. O número? de um tal asteróide da realeza...Da cor de uma lembrança, com estilo antigo (anosatrásdehoje) que pode se definido como: Saudade Saudável. Adornada com perfumes e amigos. E lá vivem muitos anjos e demônios...

Pego as palavras que gosto e coloco num papel, hesito, guardo, suo, escrevo, pego no ar melodias, escrevo e leio e leio... E as que não gosto guardo na caixinha.
Se algum outro dia resolver gostar delas eu faço um poeminha. Bem bonito e bem sentimental. Vou guardar na mesma caixinha, junto aos sons e gostos das tempestades, dos perfumes inesquecíveis e das dores companheiras de sempre.

Venho caminhando a passos largos e andando por um caminho sem volta. Não há retornos. Só há escolhas. E eu escolho ser uma sentimental, uma sentimental forte e monstruosa. Mas sempre uma sentimental.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

(...)

"Não vou me deixar embrutecer, eu acredito nos meus ideais, podem até maltratar meu coração, mas meu espiríto ninguém vai conseguir quebrar" Renato Russo

sim, eu creio nisso. e você?
leia.
sinta.
pulse.
não pense.
sorva.
seja o paradoxo.
só.
nada a dizer.
palavras nem sempre são necessárias para se compreender certas coisas.
e não há tempo.há intensidade na vida.

(...)

(...)

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Proustiando sem querer...


"A mentira, a mentira perfeita, sobre as pessoas que
conhecemos, sobre as relações que tivemos com elas, sobre
nossos motivos para algumas ações, formuladas em termos
totalmente diferentes, a mentira sobre o que somos, a quem
amamos, o que sentimos em relação a pessoas que nos
amam... – essa mentira é uma das poucas coisas no mundo
que podem nos abrir janelas para o que é novo e
desconhecido, que podem despertar em nós sentidos
adormecidos para a contemplação de universos que de
outra maneira nunca teríamos conhecido (Proust, A
Prisioneira)"
E quando li só me veio a cabeça: É preciso ter dessas mentiras pra ter oportunidade de desconstruir a ilusões que nós mesmos criamos para si ou para a visão dos outros que temos no nosso intímo. E é desta descontrução que nascem as novas visões, e novas janelas. E é a partir das novas visões que nascem as novas ilusões que serão desconstruídas...Não precisei conhecer a obra como todo pra compreender o que compreendi, e se de fato haja outras interpretações sobre, nada mais são do que interpretações. E gostei, mesmo quando não compreendo tudo como um todo e é um compreender em partes só meu, minhas janelas. Eu posso encher a boca pra dizer: Gostei sim. Lerei sim, e se puder, relerei pra sentir o gostinho mais de uma vez e calmamente.
Não resisti. Proust é inevitável pra esse blog, pra mim. Não conheço este texto, e como foi feliz esse sem querer, ao me deparar com uma deliciosa novidade! (mas procurarei maiores informações sobre este).Quando estou a procura de algo acadêmico me deparo com ele, - e largo completamente meus afazeres - este trecho. Coicidência? Não. A algum tempo deixei de pensar que as coisas são assim.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Um veneno,um antídoto: A história verídica.

E o dia corre, galopa que nem cavalo alado. Se a força vem como quem espreita, se a loucura emana odores acinzentados, a sanidade descontrolada foge de uma consquência inevitável. O tempo chega na hora em que o exato se torna presente, e o futuro? Pra que pensar nele? Mas não nego, penso...não devo, não quero, não posso pensar..Só sentir os germes da loucura e lutar com meus anticorpos.
E o passado? Passou, e por ele a loucura passou sem vê-lo, a sanidade o enxergou, mas não o viveu, porém o presente serve para viver,e sorver até a última gota. E o agora sempre é presente do qual se quer fugir, ou debruçar, mas deve-se mergulhar.
Mesmo quando parece pouco o que se tem, apenas parece. E achar que se tem tudo é acomodação.
E acomodação não convém ao meu cavalo, ele quer vento no rosto; o balanço da crina, a audácia dos obstáculos, a adrenalina dos acontecimentos.
A liberdade de ser passado, presente e futuro e não brigar com o tempo.
O tempo é aliado de quem quer tê-lo como tal...
Ás vezes quero, às vezes, o cavalo é selvagem demais...Não espero sua compreensão; entendimento.Não. E essa briga é tão fraternal..letal..banal...necessária.
É a dor que dói, cura, deixa marca; que cura e movimenta.Um doce veneno.Um veneno dulcícola.Esse é o tempo.
É cicatriz e pele macia, só depende de você.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Se meu samba rodar por aí
se sou bamba, um ardil colossal
não sou santa, ou devo ao Imposto Federal
só sei que a dança do samba é maioral
e vou na cadência insolente, demente, entre dentes...
meu samba maioral
Um samba bacana
pseudosamba banal.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Fita da bailarina

No mais profundo dos riachos espero encontrar: cólera, demência, dor, falsidade, mentiras. Que este riacho seja profundo e turvo para eu não beber de sua água.Não viverei mais de um segundo se provar desta. A maior das mentiras que contarei se realizará, e costurarei meus dedos com fitas das sapatilhas de uma bailarina.E a bailarina,baila,baila..

Tempestades? Sim, gosto delas.

Quando penso que a noite se fora...
Uma tempestade cruciante rondava os seus, me sinto mais feliz com a rudeza dos pingos, outrora, tamborilando na janela; a riqueza das luzes que rasgavam a escuridão a intervalos irregulares no céu. Foi um espetáculo úmido, sem cheiro de terra ou essa frívolidades campestres que assolam o meu imaginário, tudo era de uma umidez que acalma.Uma umidez que traduz a calma, e uma calma que se revela agressiva como esta deve portar-se.
A tempestade de outrora é ainda parte de mim, uma parte escura, e nem por isso, uma parte sombria, pois a noite é a hora em que meus anjos acordam, meus demônios descansam e a paz reina.

domingo, 14 de outubro de 2007

À couer ouvert (De coração aberto)

Par hasard (de repente)
ici bas, au loin..(aqui embaixo, ao longe..)
moi ecouté toi, et toi? (eu te escuto, e você?)
moi lutte avec mon lit (eu brigo com minha alma)
vers libre(versos livres)
libre arbitre(livre arbírio)

Manque...(falta,ou melhor, saudade..)

Vainement je vais parler ( inutilmente eu vou falar)
doucement nous pouvons choisir (lentamente nós podemos escolher)
doucement nous pouvons chanter..(lentamente nós podemos cantar)
par hasard quelque chose au bout(de repente qualquer coisa ao final)

Plutôt...(algo do tipo " é melhor assim" segundo minhas fontes,mas segundo o pai dos burros que não resisiti em consultar pra essa dúvida: antes, de preferência, melhor...)

Voir loin, de loin,au loin, loin...quelle la première chose?
mon couer, ma vie!

( ver longe, de longe, ao longe, distante...qual a primeira coisa? meu coração, - meu âmago também cabe na minha intenção - minha vida! )


Tá..minha primeira tentativa de um poema em francês...^^ (deu vontade de escrever algo nesse meu momento de insônia - acho que este é, também, um motivo pra ter este blog - e veio assim) não sei se assasinei a bela língua, e na verdade, a tentativa já valeu pra mim.
Também não sei se consegui me expressar direitinho - Afinal, meu vocabulário é bem limitado nesta língua -Mas todo parto é difícil, mesmo as cesareas, e este não poderia se diferente, por isso, se quiser comentar fala ae.
Pode detonar se quiser!!!, elogiar também!!!
E se souber mais que eu: me corrijam francófonos de plantão.

fui!

a primeira postagem de fato..

O ontem sofrido é uma vida vista por olhos lacrimosos. E se hoje for tempo de calmaria; de sorrisos; de brisa marinha e de sol cálido,nada mudou.. Será que nada mudou? É a mesma vida e a mesma dor, mas os olhos já não estão borrados..A maquiagem foi lavada pelas lágrimas e o sorriso,mesmo que tímido,passeia pelo rosto; a idéia já não é de desespero;nem de esperança ilusória..Aos poucos o caos se transforma em poeira que se assenta, a janela fechada abre-se devagar e com a rapidez da hora exata.Com a precisão do tempo e com a indecifrável lógica dos acontecimentos... Pensar torna-se não necessário,apenas, sentir a pontualidade e serventia da febre..seus calafrios, sua melhora junto ao canto de um animal qualquer.
(escrevi isso tem uns dias, mas ainda esta fresco..)

o início

Bem.. Vinha pensando em ter um blog já tem um tempinho.A pergunta é porque? pois bem,gosto de escrever ( não que eu seja grande coisa nisso ^^) e colocar as idéias em algo web me atraiu,pelo fato de expôr, óbvio,e estar sujeita a críticas "destrutivas"; a elogios, ou até mesmo, correr o risco de ninguém ler nadinha disso aqui e,também, pelo fato de nunca ter feito isso antes.
O pulsar de uma nova vontade que se fez realidade...