vou me estruturando com fio de navalha na carne
desaguando no riancho lavo meu sangue
vermelho e inchado meu corpo grita em pane
minha cabeça gira entorpecida
grito, grito...
lavada de água doce minha carne se acalma
minha alma aquieta
e se afogueia de pronto em pranto.
choro como quem canta
danço como quem grita
grito com minha dança em prantos.
graciosa e grave
gravemente ferida
docemente encantando
paraliso (paraíso) e balanço.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Muito lindo...
incrível saber que quanto maior é a dor, maior é a beleza de transforma-la num verso grave e expulsa-lo da garganta com força de criança.
Você é linda!
Muito bom, valeu. Mande aí.
Postar um comentário